sexta-feira, 7 de setembro de 2012

“INDEPENDÊNCIA CAUSA MORTE!”

   Estamos comemorando nesse fim de semana o grito que supostamente foi dado às margens do Rio Ipiranga. Mais do que relembrar a data de um movimento, essa data deve nos impulsionar a pensar: que independência é esta? Ou melhor: será que essa independência gerou liberdade de fato? 
    Não consigo me sentir livre quando olho a minha volta e vejo gente tendo que vender o seu corpo para suprir as necessidades que são geradas pelo capitalismo. 
    Não consigo me ver livre no meio de um povo escravizado pela ideologia dos míseros auxílios que o governo dá, como um “cala boca” para a sociedade. Não consigo me sentir livre quando vejo gente cega preferir a construção de um estádio ao invés de casas para os menos favorecidos. Alguns dando até “GRAÇAS A DEUS!” Afinal ofereçamos “Panis et Circensis!”
     Não consigo me sentir livre quando vejo pessoas mesclar o cristianismo com ideologias que nada mais são do que uma maneira de cegar e usurpar o povo. Ou nem mesmo usando do cristianismo, mas do misticismo que está intrínseco na história do brasileiro, desde bem antes de D. Pedro I. Penso que tudo isso que acontece tem um nome: INDEPENDÊNCIA! É o fato de as pessoas acharem-se independentes umas das outras que tem gerado tanta
falta de liberdade. É a independência que tem sido proclamada hoje que faz com que eu olhe somente para o meu umbigo e não me preocupe com o outro. Esse tipo de independência atual é o que tem formado pessoas vis e egoístas. É essa independência que tem afastado o homem de Deus e em alguns casos até o enganado, fazendo-o sentir-se o próprio Deus. Você é independente? Eu sou independente? No meu ponto de vista independência causa morte! 
     Que Deus nos abençoe e nos torne DEPENDENTES dele.

sábado, 1 de setembro de 2012

A VERDADE além da verdade


Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6 

     A mensagem central do livro está na pessoa de Jesus, em seu relacionamento com o Pai, e a sua disposição em tratar as necessidades espirituais do homem. De forma mais especifica, vejamos três apontamentos que estão no verso 6. 

   O caminho, a verdade e a vida. A intenção com esta reflexão é ver o que estes três princípios tem a ver com a noção de VERDADE. Será que o que entendemos sobre verdade está em conformidade com eles? Qual a VERDADE que esse verso quer nos transmitir?

1. A VERDADE é um processo – “Eu sou o caminho...”
   De acordo com o senso comum verdade é algo que corresponde com a constatação sobre o que pensamos sobre a realidade. 

   Porém, de acordo com a bíblia, a realidade tem a ver com a existência do ser humano, por isso a VERDADE é muito mais do que os
conceitos que temos sobre ela. 

    Para Jesus, saber sobre a verdade é estar na VERDADE. Estar é permanecer, é verbo, é ação, aquele que permanece produz mudanças (I Jo.1.5-7). Se ela é um caminho não é algo acabado. A VERDADE é formada durante a vida. ela é muito mais do quer fazer, é ser;

 2. A VERDADE é Jesus “...e a verdade...

    Fundamentalismo religioso nunca nos trará a verdade (Mt. 6.5-8).
    O fundamentalismo aprisiona as pessoas em coisas e impede o processo de existência. Mais tem a ver com elucidações humanas do que com Jesus, a nossa VERDADE. Ela não aprisiona pessoas, ela liberta. (Jo.8.32) 

 3. A VERDADE produz vida – “...e a vida”.


   Liberdade é vida! Toda suposta verdade que não produz vida é mentira.        Não existe outro tipo de evangelho a não ser o que produz cura e vida (Gl. 1.6-9). O que impomos aos outros não é a verdade muito menos a vida. A Bíblia diz: “e conhecereis a Verdade...” isso é pessoal e não imposição. Não há meio de produzir vida em outros se não possuímos a VERDADE em nós, ou seja, só transmitimos a liberdade se somos livres. 

Conclusão

     O caminho é o processo de construção da VERDADE da vida em Cristo em nós e que conduz a vida e não a prisão. Peçamos a Deus que as nossas verdades caminhem em conformidade com a VERDADE e que passemos a produzir vida em quem está a nossa volta. 


Que Deus nos abençoe.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A voz de um portão


"...Comamos e regozijemo-nos,porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se." (Mateus 15:23,24)

 Eu particularmente , me emociono todas as vezes que leio essa história. Imaginar que ela foi chamada de o evangelho dentro do evangelho por representar o amor de Deus de forma plena e pura.

Já ouvi várias pregações sobre esse texto. Todas elas enfocando um filho que desobedece a seu amado pai e vive uma vida dissoluta. A meu ver, não temos aí simplesmente a história de um jovem que gastou a sua vida de forma desordenada, mas principalmente de um pai que o acolhera devido ao seu arrependimento sincero.


 Outro personagem que quero destacar nessa historia, e que me veio à mente nessa passagem, é o portão o qual o pai passou dias a fio esperando seu filho. Esse portão viu suas lágrimas, soube dos seus anseios e presenciou uma das mais belas histórias de amor de todos os tempos.

A pergunta que me faço é a seguinte: Se aquele portão falasse, o que ele diria que a respeito dessa história?
Penso que, em primeiro lugar, ele diria que desde sempre o pai respeitou e ensinou seu filho. Os versos 11 e 12 dizem: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.

Quantas vezes não desprezamos os preceitos do nosso Pai em prol dos nossos próprios prazeres, vivendo de forma fazia? Sabemos que, pela experiência de vida, aquele pai ele saberia de fato o que estava prestes a acontecer com o seu filho, porém o permitiu vivenciar as suas próprias experiências. Quando erramos o Pai permite que colhamos o fruto das nossas experiencias para que haja crescimento e arrependimento em nós. 

Penso que além desse amor respeitoso que o pai tinha pelo filho, o portão diria, em segundo lugar, que o desejo do pai era o de ir ao encontro do seu filho. Assim diz o verso 20: “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
Mais maravilhoso é notar que o pai o abraça, mesmo ainda estando sujo e maltrapilho, nos mostrando o amor incondicional do Pai Celeste para conosco, nos aceitando como estamos.

Precisamos como igreja desse Pai, mostrar ao mundo que esse amor incondicional está a disposição de todos os que quiserem recebê-lo. De forma bem direta, não vejo no texto esse amor maravilhoso do pai sendo oferecido ao filho por meio de uma lista de questionamentos sobre por onde ele andou ou como deveria ter andado, como muitas vezes o fazemos em nossas comunidades, mas todo esse amor foi expresso simplesmente em duas atitudes: o abraço e o beijo de aceitação.

Como terceira observação feita por esse portão, penso que ele diria que o desejo do pai sempre foi a restauração do filho. Vemos no texto, o pai pede aos seus servos que sejam trocadas algumas partes da suas vestimentas que o identificavam. Vemos que foram trocadas as vestes do jovem trazendo assim novamente a dignidade a qual perdera quando decidiu sair da presença do pai. Lhe foi colocado novamente o anel no dedo, o identificando como sendo da família. E lhes foram trocadas as sandálias mostrando eu poderia, desde então, trilhar novos passos no regresso ao lar. Toda essa restauração está proposta para nós em Cristo Jesus, de forma plena e incondicional.



Que grande cena esse portão presenciou! Depois de ver o pai respeitar e permitir que o seu filho viva as suas próprias experiências, ir ao seu encontro com um amor pleno e incomparável, agora a imagem que resta é a de uma festa por que o que estava morto reviveu e o que estava perdido foi achado.


A ultima afirmação desse portão seria: Que bom que eu estou sozinho!

Que Deus assim nos abençoe em nome de Jesus.


Inspirado na música de Stênio Március (Fim de Tarde no Portão) 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jogo dos 2 erros!!

Encontre o erro




“A música nossa de cada dia nos daí hoje...”



Música. Um assunto que sempre despertou polêmica na igreja. Uns porque gostam de Forró, outros Samba, outros Funk, etc. Pra falar a verdade, estou de saco cheio desse tipo de intriga!

A questão não está na maneira como se executa as notas musicais e sim a mensagem que se transmite por meio do que se escreve. Afinal de contas eu nunca vi um “Fá Celestial” ou um “Dó satânico”, nem mesmo um “Sertanejo Angelical” e um “Rock do capeta”. Apesar de que a segunda opção é a mais pregada pelos neopentecostais.


 Na realidade, a maioria das opiniões expressadas a respeito de música provém de líderes que sequer sabem tocar campainha! Opiniões formadas somente para serem usadas como instrumentos de alienação do povo!   


Me choca saber que muitos cantam hinos tradicionais, com todo o fervor e que falam sobre as origens reformadas, sem sequer saber que eles foram feitos em cima de porões lotados de escravos negros vivendo em condições sub-humanas. Enquanto gente morria outros cantavam ao vento sobre vida..

 Por outro lado, nos dias de hoje, gente que canta “eu quero de volta o que é meu!”. A Palavra de Deus nos mostra claramente que somos MORDOMOS; o que CUIDAMOS É DE DEUS!!! – (falaram pra mim que usar caixa-alta é sinal de quem está falando alto; é isso mesmo!).


 Meus irmãos é só prestar um pouco de atenção e usar a massa encefálica! Como você quer de volta o que é seu? Você nasceu pelado lembra? Se não lembra, pede para o seu pai e sua mãe mostrar as fotos de quando você era pequeno! Você sequer sabia cuspir! Babava em todo lugar assim como eu! Não temos nada e não somos nada! Somente existimos pela graça de Deus.


 Brincadeiras a parte, o que quero deixar claro é que, mais importante do que os gostos musicais, devemos nos ater a mensagem que nos está proposta nas canções. Ver se ela está fundamentada na Palavra, pois só assim ela estará transmitindo uma mensagem verdadeira e de libertação! Chega de “ideologia ritmada!” 

Que Deus nos abençoe!!

Autoridade?



“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt. 28.18-20)

 Uma das coisas que tenho vivenciado e observado é o quanto as pessoas distorcem o sentido de autoridade. O mundo, e isso incluindo a igreja, tem vivenciado a ilusão de que “ter autoridade” é subjulgar pessoas ao seu bel prazer de acordo com seus interesses. 

O então uma maneira de autopromoção para massagear o seu ego.

 Jesus quando diz nessa passagem que “toda autoridade lhe foi dada”, em seguida menciona a intenção da autoridade que recebeu do próprio Deus. 

Sua autoridade tinha como base formar discípulos em do Pai, do Filho e do Espírito Santo; consistia em fazer com que esses discípulos guardassem todas as coisas que ele havia ensinado; e principalmente, o que mais me apaixona nesse texto, que essa autoridade de Jesus era legitimada no convívio e no cuidado para com os seus; “...eis que estou convosco...”

 Por isso, concordo com Ronaldo Sather-Rosa que transmite em seu livro “cuidado pastoral em tempos de insegurança” que a autoridade é intrínseca ao cuidado. Mais do que nunca, além de concordar com Sathler, concordo com as palavras do Senhor Jesus, pois toda a Sua autoridade foi manifestada na Sua obra em vida, por meio do seu amor pelos que Deus o havia dado, e na sua ressurreição. 

 Por fim, reafirmo um pensamento que postei a pouco em minha rede social, que autoridade que não expressa cuidado prático é simplesmente fantasia de mentes de pessoas frustradas e com baixa-autoestima. 

Que Deus abençoe e dispense o seu cuidado sobre nós.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Filtrar é a alma do negócio!

“E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé. A graça seja convosco.” (I Tm 6.20,21)

 A geração de hoje é denominada como a da informação. Vários são os meios de comunicação e temos acesso a todo o tipo de informação, seja ela relevante ou não, seja dentro ou fora da igreja; a frase do momento talvez seja: O Google é o meu buscador e a informação não me faltará!


É claro que a comunicação rápida e eficaz é extremamente importante para o nosso cotidiano, porém o texto acima nos traz um “filtro” para coletarmos as informações necessárias para o nosso dia a dia. 

 O apóstolo Paulo recomenda primeiramente à Timóteo que guarde o que lhe foi confiado, no caso o seu ministério, resumindo a sua vida com Jesus. Com certeza o reino das trevas não estará satisfeito com a nossa intimidade e nosso trabalho para o Reino da luz, portanto tentará de todas as maneiras nos separar do nosso objetivo que é o de fazer cumprir a vontade de Deus “assim na terra como no céu.” (Mt. 6.10)

 Na seqüência, ele orienta que seu pupilo se afaste das conversas inúteis. Se avaliarmos nossa vida, vamos perceber quanto de tempo perdemos com coisas que não trarão benefícios para nós. Como por exemplo, mágoas, rancores ou conversações que nada mais são que armadilhas de satanás para destruir nossa comunhão, as chamadas “fofocas”.

Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos e o que ouvimos das pessoas, mesmo que se denominem cristãs.

 Sua última orientação a Timóteo é que ele evite as discussões desnecessárias que, ao invés de nos unirem, somente nos separam. “Matamos” o nosso valioso tempo tentando afirmar o que somos e o que fazemos para pessoas que só estão interessadas em criar discórdia e dissensão. Temos coisas mais importantes para nos preocupar, como a vida daqueles que precisam de fato de Jesus e da nossa mão em forma de consolo.


 Não percamos tempo com o que não leva a nada. Como diria Mark W. Baker: “podemos ter razão ou podemos ser felizes.” (Jesus, o maior psicólogo de todos os tempos. Ed. Sextante. São Paulo, 2001). 

Por fim, que a partir dessas orientações feitas á Timóteo possamos assim filtrar melhor as informações que chegam até nós, sejam elas as de dentro ou de fora da igreja. Que Deus nos abençoe.

Por favor, alguém pode me ajudar a entender o que é o evangelho?

Tenho pensado muito no real sentido do que representa o verbete “evangelho” nos dias de hoje. Tenho visto que essa importante palavra ser confundida como a expressão “meio de ganhar a vida” ou “busca status”.

 Associada a essa visão deturpada estão as concepções de que evangelho é meio de manipulação de pessoas. Por isso, muitos opressores tem usado a “capa” de evangelistas ou discípulos para buscarem seus próprios interesses em detrimento da liberdade de muitos.



Estou cansado de ver gente ser liberta das trevas e virar escrava de pessoas. Um pseudo-evangelho superficial, onde se acha que mudança de caráter está ligada a movimentos megalomaníacos. Como diria Ariovaldo Ramos, pensar que a igreja serve para crescer, sendo que ela foi criada para aparecer na sociedade. 

 Eventos, eventos e eventos. Muitos vivem somente disso achando que estão próximos de Jesus e, no entanto, estão próximos somente das suas ambições e de fadigas. Não sirvo a esse tipo de “evangelho” e para esse “evangelho”.


O evangelho o qual sirvo me diz: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mt. 10.8); não como um meio de autopromoção, só para dizer para pessoas “eu fiz”, mas por amor a obra. 

 Por fim, não consigo reconhecer o “evangelho de hoje” como aquele propagado pelos apóstolos, e muito menos reconhecer que muitos dos que pregam hoje tenha sequer o caráter de um apóstolo. 


 Chega de falsidade, de egos inflamados, de gente “se achando” alguma coisa. Enquanto cristo não for a verdade esse “evangelho” será uma mentira.