segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A voz de um portão


"...Comamos e regozijemo-nos,porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se." (Mateus 15:23,24)

 Eu particularmente , me emociono todas as vezes que leio essa história. Imaginar que ela foi chamada de o evangelho dentro do evangelho por representar o amor de Deus de forma plena e pura.

Já ouvi várias pregações sobre esse texto. Todas elas enfocando um filho que desobedece a seu amado pai e vive uma vida dissoluta. A meu ver, não temos aí simplesmente a história de um jovem que gastou a sua vida de forma desordenada, mas principalmente de um pai que o acolhera devido ao seu arrependimento sincero.


 Outro personagem que quero destacar nessa historia, e que me veio à mente nessa passagem, é o portão o qual o pai passou dias a fio esperando seu filho. Esse portão viu suas lágrimas, soube dos seus anseios e presenciou uma das mais belas histórias de amor de todos os tempos.

A pergunta que me faço é a seguinte: Se aquele portão falasse, o que ele diria que a respeito dessa história?
Penso que, em primeiro lugar, ele diria que desde sempre o pai respeitou e ensinou seu filho. Os versos 11 e 12 dizem: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.

Quantas vezes não desprezamos os preceitos do nosso Pai em prol dos nossos próprios prazeres, vivendo de forma fazia? Sabemos que, pela experiência de vida, aquele pai ele saberia de fato o que estava prestes a acontecer com o seu filho, porém o permitiu vivenciar as suas próprias experiências. Quando erramos o Pai permite que colhamos o fruto das nossas experiencias para que haja crescimento e arrependimento em nós. 

Penso que além desse amor respeitoso que o pai tinha pelo filho, o portão diria, em segundo lugar, que o desejo do pai era o de ir ao encontro do seu filho. Assim diz o verso 20: “E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.
Mais maravilhoso é notar que o pai o abraça, mesmo ainda estando sujo e maltrapilho, nos mostrando o amor incondicional do Pai Celeste para conosco, nos aceitando como estamos.

Precisamos como igreja desse Pai, mostrar ao mundo que esse amor incondicional está a disposição de todos os que quiserem recebê-lo. De forma bem direta, não vejo no texto esse amor maravilhoso do pai sendo oferecido ao filho por meio de uma lista de questionamentos sobre por onde ele andou ou como deveria ter andado, como muitas vezes o fazemos em nossas comunidades, mas todo esse amor foi expresso simplesmente em duas atitudes: o abraço e o beijo de aceitação.

Como terceira observação feita por esse portão, penso que ele diria que o desejo do pai sempre foi a restauração do filho. Vemos no texto, o pai pede aos seus servos que sejam trocadas algumas partes da suas vestimentas que o identificavam. Vemos que foram trocadas as vestes do jovem trazendo assim novamente a dignidade a qual perdera quando decidiu sair da presença do pai. Lhe foi colocado novamente o anel no dedo, o identificando como sendo da família. E lhes foram trocadas as sandálias mostrando eu poderia, desde então, trilhar novos passos no regresso ao lar. Toda essa restauração está proposta para nós em Cristo Jesus, de forma plena e incondicional.



Que grande cena esse portão presenciou! Depois de ver o pai respeitar e permitir que o seu filho viva as suas próprias experiências, ir ao seu encontro com um amor pleno e incomparável, agora a imagem que resta é a de uma festa por que o que estava morto reviveu e o que estava perdido foi achado.


A ultima afirmação desse portão seria: Que bom que eu estou sozinho!

Que Deus assim nos abençoe em nome de Jesus.


Inspirado na música de Stênio Március (Fim de Tarde no Portão) 

2 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, muito bem e bem explanado. Deus continue lhe abençoando. E que possamos transparecer esse amor incondicional do pai em cada ambiente em que passamos

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  2. Obrigado caro amigo. Fique sempre a vontade tanto para comentar como para dar sugestões para o blog. Caso queira mandar sua sugestão mande-me um e-mail rudgecaciari@gmail.com. Forte abraço.

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